2.5.15

79 - about time













Procurei este filme porque me cheirava a ficção científica de idéias, género que eu desde sempre procurei e nem sempre encontrei. Aqui também não encontrei, mas encontrei diversas outras coisas que me agradaram muito. Para começar, a figura do pai, que me era familiar mas do qual apenas conseguia lembrar do pirate rock, em que era o fleumático dono do barco que se afundou com ele. pesquisando um bocadinho, constatei que afinal éramos já velhos conhecidos, já que ele era o Viktor do Underworld, o general nazi do Valkiria, e outros que tais. Um pai que se reformou aos 50 anos para passar o resto da vida a ler, jogar ténis de mesa com o filho e atirar pedras horizontais na praia. Agarrado ao pai vem a família fixe anormal que todos gostaríamos de ter mas que finalmente não temos, porque a nossa é muito melhor. Destaca-se, evidentemente a irmã sempre descalça, que se vê à légua que vai gastar toda a sua boa sorte nos primeiros anos, e vai passar o resto da vida mal calçada... No que diz respeito à história, temos que o pai conta ao filho o segredo dos homens da família, que é a capacidade de viajar no tempo, capacidade que o pai utilizou para poder ler tudo aquilo que lhe apetecesse. Essa escolha não me escandaliza. A escolha que ele fez dos livros a ler, tipo Dickens três vezes, essa sim, considero a parte mais inverosímil do filme. o filho era, no entanto, mais sensato, e compensava o cabelo demasiado ruivo com uma sensatez muito grande na escolhe de como deveria potencial essa recém adquirida capacidade. vou utilizá-la no mor, disse ele app pai e o pai, que apesar do problema Dickensiano não era parvo nenhum, disse: fazes bem. A partir daí, Tim (o filho), passa o resto do filme a ir atrás fazer tudo para conseguir com Mary aquilo que todos nós queremos com outra pessoa: a felicidade. Consegue-a, materializando-a com os filhos e com uma vida que, se não se pudesse dizer mais nada, era pelo menos suficientemente rica para não lhe apetecer voltar atrás para fazer qualquer mudança. E isso, digo eu que não consigo viajar no tempo, já é muito bom...