28.2.07

1. xenocide


Orson Scott Card
Existe uma colónia humana chamada Lusitânia em que os habitantes são todos brasileiros. Talvez por isso mesmo, é no planeta em que essa colónia se situa que existe a única outra raça inteligente do universo. Pelo menos conhecida da humanidade. Essa raça é constituída por seres chamados pequeninos (em português, porque é original) e que se são, pelo menos para mim, a cara do piglet, porquinho sensato das aventuras do ursinho phoo. O pequeninos tem um ciclo de vida interessante. Passando à frente as complicadas fases embrionária e pós embrionária, importa reter que, depois de mamíferos adultos, no fim da sua segunda vida, os pequeninos mascam uma substância anestésica, abrem as entranhas e dela nasce uma árvore, que conserva a alma do pequenino. A isto, chamam eles a 3ª vida, que dura o resto da eternidade. A esta colónia chegou há 30 anos atrás Ender, o porta-voz dos mortos. Ender tem uma ligação interna com Jane, um supercomputador que o acompanha desde pequeno e que tem a particularidade de estar em todos os computadores dos 100 planetas que a humanidade domina. Ou seja, Jane é o somatório de todos estes computadores. Aliás, é bastante mais que a soma das partes. Ender, nesta altura é casado com Novinha, bióloga chefe e chefe da família dos biólogos. Novinha tem muitos filhos, todos enteados de Ender: Ela (bióloga, a mártir), Quara (bióloga, mimada), Grego (físico, o mau), Olhado (chefe de família, olhos eléctrónicos), Quim (padre e missionário entre os pequeninos) e, por fim, Miro, outrora a perfeição, agora quase inválido, após ter arriscado a sua vida pelo bem dos pequeninos. A colónia, melhor dizendo a família, dado que no fundo são eles os únicos que decidem alguma coisa na colónia, tem em mãos um problema complicado. O s pequeninos tem no seu ecosistema um vírus chamado descolada, que é tão bom para eles como mau para todos os outros. É responsável pela boa saúde pequenina, mas, se o deixarem, mata tudo o resto à volta. E os humanos, para não serem exterminados, têm que vencer o vírus, mas se erradicarem o vírus estão a matar os pequeninos. É um problema do planeta, pensará o leitor mais atento. Não não é, porque entretanto a rainha insectóide está a construir naves espaciais para os pequeninos conquistarem o espaço, colonizando planetas e... transportando a descolada. Rainha insectóide? Qual raínha insectóide? A rainha insectóide foi a única desta raça que escapou à destruição quando Ender, então com 10 anos, praticou o genocídio. À frente da frota terrestre, e ao fim de anos e anos de guerra entre a humanidade e os insectóides, Ender exterminou-os. Mas depois, ao encontrar a rainha num casulo algures, protege-a e lava-a para... o planeta Lusitânia, onde pouco tempo depois ela já refez a raça e está na iminência de fornecer naves espaciais aos pequeninos. Perante este dilema, é fácil de imaginar que as coisas se vão complicar. A família tods desentende-se, a colónia humana desentende-se com os pequeninos e começa mais uma guerra inter-espécies, em que a única parte sensata é a rainha insectóide, que separa as partes em confronto. Entretanto, na planeta Path... Planeta Path? Qual planeta Path? O planeta Path é onde mora uma colónia humana descendente directa da china feudal, em que existe uma casta que leva domina as outras e que são "aqueles a quem os deuses falam". Estes, tem algumas particularidades interessantes. São bastante mais inteligentes que o comum mortal, daí os deuses falarem com eles, mas isso tem um preço terrível. Sentem, de tempos a tempos, uma vontade irreprímivel de se purificarem recorrendo à auto-humilhação e auto-flagelação. Em nome de quem? Exactamente. Dos deuses. No planeta Path, então, existe uma rapariga pertencente à casta dominante que tem como missão descobrir o que é que aconteceu à frota da Lusitânia. Frota da Lusitânia? Qual frota da Lusitânia? Pois... a frota da Lusitânia foi aquela que o congresso espacial, governante dos 100 mundos, enviou para Lusitânia com o objectivo de a destruir, e assim impedir que o vírus descolada se propague. Para isso, a frota tem uma arma chamada disruptor molecular, que redus planetas a pó, tipo Estrela da Morte, da Guerra das Estrelas. Consciente desse perigo, Jane desligou-lhes a s comunicações e a frota despareceu. Portanto, recapitulando, para acabar: em Lusitânia existem 3 raças inteligentes. Humanos, pequeninos e insectóides. E a descolada, que se calhar até poderá ser a quarta. A descolada é essencial para os pequeninos, mas mortal para todos os outros. Os humanos sabem disso e estão a tentar recombinar o vírus. E além disso, pelo sim pelo não, já mandaram uma frota para explodir o planteta. A rainha insectóide também sabe, mas decidiu não fazer nada. Só naves. Os pequeninos também sabem, por isso estão a tentar fugir para o espaço, para fgir da frota. E entre cada raça, hé elementos a pensar idéias absolutamente opostas. Excepto nos insectóides, em que só a rainha pensa e que não se quer meter. Não é minha idéia avaliar livros, tipo dar notas e coisas do género. É pretensioso e mal educado. Dou apenas a minha opinião: o livro é muito bom, e certamente muito melhor do que aqui e descrevi.

o objectivo

saber, o que li e o que me fez pensar aquilo que li, quando li.