21.6.15

84 - the giver













the giver
Divergente, gritaram os meus neurónios a plenos pulmões quando comecei a ver o filme. copianço descarado, sucedâneo, sub-produto, plágio... Mas estavam lá o Jeff Bridges e a Meryl Streep, e isso fez-me investigar com mais cautela. Suspendi o visionamento até ter tempo para perceber quem era a galinha e quem era o ovo, o que demorou algumas semanas. Tenho uma vida algo ocupada... mas finalmente lá percebi. Aprendi há já muito tempo que tudo o que é bom na vida vem nos livros, talvez pelo facto de que quem escreve livros tem muito tempo para pensar, e é a pensar que a gente se entende. uma pequena investigação fez-me ver que o livro que deu origem ao divergente (e que por acaso até li) foi escrito em 2011, enquanto que The Giver, foi escrito por Lois Lowry em 1994. Satisfeito por os meus instintos estarem certos, retomei então o filme, pronto para absorver o que ele tivesse de bom. E tinha algumas coisas. Começou logo com a eterna confusão entre utopia e distopia, e ainda não foi desta que me consegui organizar. O filme passa-se numa sociedade que erradicou a guerra, a pobreza e a injustiça. Utopia. Mas à custa da lavagem cerebral dos habitantes. Distopia. As cidades são lindíssimas, arranjadas e organizadas. Utopia. Mas fora delas, em quase todo o planeta, é o grande deserto desconhecido. Distopia. Ou seja, começamos logo com um conjunto grande de sinais contraditórios que têm pelo menos o mérito de nos fazer querer continuar a ver, mesmo apesar das roupas e horríveis bicicletas brancas. 

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