2.9.14

62 - side effects


Rapariga deprimida vai ao psiquiatra, que lhe receita um antidepressivo inovador qualquer que a prosta completamente, ficando meia zombie de dia e completamente zombie durante a noite. Um dia, ou melhor, uma noite, tem um ataque de sonambulismo e mata o marido com várias facadas proferidas com os olhos bem abertos. O marido era um corrector da bolsa acabado de sair da prisão por inside trading, crime muito em voga nestes dias, sendo que se for cometido por pessoas com alusões religiosas no nome da família, em Portugal não dá direito a prisão. Morto o marido, sobra o psiquiatra, que rapidamente se vê envolvida numa trama que tem como objectivo tramá-lo completamente, sendo mais rápido o desmoronamento de tudo o que tinha conseguido do que a ascensão meteórica que tinha experimentado para o conseguir. Perde a mulher, o enteado, bastantes pacientes, os patrocínios dos delegados de propaganda médica e ainda leva com um qualquer inquérito da ordem dos psiquiatras em cima. Tudo porque toda a gente acha que foi o novo fármaco que ele deu à rapariga que a lixou completamente. Curiosamente, mesmo com todas essas suspeitas, ainda arranjou maneira de ser ele o psiquiatra responsável pela criminosa, agora devidamente internada numa prisão psiquiátrica qualquer. Antes de recorrer a este psiquiatra, a rapariga deprimida já o estava e já tinha recorrido a uma outra psiquiatra, com quem se tinha envolvido física e sentimentalmente durante a terapia efectuada. Resumindo: era tudo uma maquinação lésbica para ficar com o dinheiro de seguro do marido recém-libertado e recém-assassinado, sendo que as culpas deveriam ficar para o psiquiatra homem. Tal não aconteceu, uma vez que este, com uns simples truques primários, provou que o amor lésbico não é mais forte que o heterossexual, e com meia dúzia de intrigas arrumou-as completamente. Cumpriu-se mais uma vez a tradição, ficando provado que os filmes que metem psiquiatras são uma seca.

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